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Greve fraca não é suficiente para segurar ímpeto de Bolsonaro

A baixa adesão dos caminhoneiros à greve contra os preços dos combustíveis não foi suficiente para segurar o ímpeto do Planalto de pensar em mudar a política de preços da Petrobras. O presidente segue pressionando a Casa Civil para que arrume uma solução para os preços, mas continua encontrando entraves na Economia e em Minas e Energia. A explicação que tem sido dada a Bolsonaro é que qualquer mudança no PPI, além de ter potencial de desabar o mercado, interfere com o compromisso da Petrobras feito com o Cade e pode gerar judicialização nos EUA por conta da listagem na Bolsa de NY. A privatização seria a melhor saída do ponto de vista político para o governo, mas integrantes do Executivo admitiram ao BAF que avaliam como praticamente impossível a aprovação de um texto como esse em ano pré-eleitoral. Com a inflação sendo prioridade máxima na próxima eleição, as justificativas dadas ao presidente não têm surtido efeito e Bolsonaro continua dizendo que a Petrobras é um problema. Os preços dos combustíveis têm tudo para se tornar o próximo cabo de guerra entre a equipe econômica e a ala política do governo, depois da disputa pelo teto de gastos. Durante o feriado, Arthur Lira enviou uma indicação ao Planalto para que os preços dos combustíveis sejam desindexados do dólar. Isso não tem efeito prático de um projeto de lei, mas indica pressão do presidente da Câmara. Mesmo com a insistência de Bolsonaro, a Casa Civil ainda não se convenceu de que a mudança da política de preços é o melhor caminho e estuda alternativas para tratar do assunto: aumentar ainda mais o auxílio-caminhoneiro já divulgado e novas desonerações para a gasolina que poderiam ser feitos com recursos ‘liberados’ com a revisão do teto, por exemplo, mas ainda sem nenhuma definição.

Equipe BAF – Direto de Brasília

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