O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ouviu na reunião de hoje que os investidores interessados no Brasil estão atentos aos movimentos do governo para enfrentar as consequências econômicas da guerra na Ucrânia. Congelar preços de combustíveis e jogar a conta para a Petrobras é uma escolha que vai prejudicar a empresa e seus acionistas, mas, pior que isso, vai provocar insegurança generalizada nos mercados. Os fluxos financeiros certamente cobrarão preço no câmbio e nos juros futuros. As políticas de preservação do poder de compra da moeda não podem sucumbir aos impulsos eleitorais sob pena de o estrago ser cobrado mais tarde. Congelar preços de combustíveis é uma medida que não enfrenta o problema, mas adia alguns efeitos. Independentemente desses argumentos, há margem de manobra para suavizar o movimento dos preços no diesel e no gás de cozinha. No caso do diesel, a desoneração pode evitar altas mais frequentes que impactam os transportes de cargas e urbano. No gás de cozinha, o objetivo é proteger os mais pobres.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília