Acabou há pouco a reunião no Palácio do Planalto para discutir uma solução para a questão dos combustíveis, mas até o momento nenhum ministro se pronunciou oficialmente. Uma fonte participante do encontro relatou ao BAF que a prioridade do governo é tentar encontrar um denominador comum em torno da aprovação do PLP 11 (que trata, entre outros pontos, da equalização do ICMS sobre combustíveis). A reunião terminou sem uma definição. Essa fonte explicou que as duas propostas que estavam ganhando destaque nas discussões são muito ruins. Ela se referia ao congelamento de preços e criação de subsídios com os dividendos. Sobre o congelamento de preços, o participante diz que é considerado inaceitável pela Petrobrás, que alerta para o que chama de iminente desabastecimento se isso acontecer, além da instabilidade jurídica que isso criaria, tirando a credibilidade da empresa (que veria mais desvalorização das suas ações). A estatal diz ainda que não pode assumir este prejuízo, sob pena de seus administradores serem responsabilizados criminalmente. A segunda opção, que era a criação dos subsídios, tem a concordância da Petrobras, porque o dinheiro desembolsado não seria dela, mas da União, e poderia vir junto com um selo de necessidade em período de guerra. No entanto, esta ideia também é bombardeada porque acredita-se que esses recursos vão desaparecer feito pó, consumidos pela alta dos preços, sem trazer qualquer benefícios à população.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília