Aos poucos, o presidente Bolsonaro vai demonstrando que, como ele mesmo gosta de repetir, quem manda no governo é ele. Depois de se livrar de Moro – e, até agora, sem muitos danos colaterais –, Bolsonaro também reafirmou ontem que, apesar de o Posto Ipiranga ainda ter nome e sobrenome de Paulo Guedes, quem dá a palavra final em termos de despesas é ele. O problema é que, toda vez que Bolsonaro se meteu a gerenciar o Posto, o resultado foi desperdício de combustível – e sempre para categorias que lhe são favoráveis, como forças armadas e policiais. Por enquanto, Paulo Guedes continua com o título de Posto Ipiranga. Mas Bolsonaro já demonstrou que entre agradar sua clientela fiel ou reduzir gastos para não sofrer mais adiante, prefere, sem dúvida, a primeira opção. Até porque, 2022 é logo ali.