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Governo tem três meses úteis na Câmara antes das eleições municipais

A Câmara retomará os trabalhos na semana de 8 de abril com o governo de olho no cronômetro. Considerando a lista de prioridades da Secretaria de Relações Institucionais, o mês de março termina com a aprovação na Casa de algumas matérias relevantes para o governo, entre elas Combustível do Futuro, nova política do Ensino Médio, isenção do Imposto de Renda para até dois salários-mínimos, Lei de Falências (votada nesta semana), além da uniformização dos juros em contratos de dívidas. Ontem o líder do governo, José Guimarães (PT/CE), protocolou os PLs 1207/24 (da desoneração da folha de pagamento dos municípios) e 1206/24 (que reduz para 12 os setores contemplados pelo Perse). No mesmo dia, o ministro Fernando Haddad anunciou que até o dia 15 enviará as propostas de regulamentação da Reforma Tributária. Experiente, Arthur Lira já chamou a atenção do governo sobre o tempo escasso para a votação das matérias, mas ontem o ministro da Fazenda negou que esteja “adiando” o envio das propostas, disse que o Executivo está fazendo as discussões “sem açodamento”. O tempo não joga a favor do governo. Em junho a agenda dos parlamentares passa a se dividir entre Brasília e a base eleitoral por causa das festas juninas e das costuras finais dos palanques regionais. Metade do mês de julho é de recesso e agosto as campanhas já estarão nas ruas. Na prática, o governo terá só três meses úteis (entre abril e julho). E em novembro, as negociações para a disputa da Mesa Diretora tendem a contaminar o avanço da agenda do governo.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

Foto: Reprodução

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