Arthur Lira disse nesta tarde que pretende votar o projeto de regulamentação da Reforma Tributária em 60 ou 70 dias, mas considerando o calendário, o prazo é apertado.
Se for levado em conta que na próxima semana não há previsão de sessão plenária na Câmara, o projeto só começará a se movimentar na semana seguinte ao feriado de 1° de maio. Há no horizonte festas juninas e calendário eleitoral (que já começa a esquentar em junho).
Hoje Lira sinalizou a indisposição de deixar Aguinaldo Ribeiro (PP/PB) na relatoria, falou que há vários candidatos ao posto e que pode criar até grupos de trabalho para os projetos. Não necessariamente as propostas passariam por comissões, tenderiam a ir direto para o plenário.
O presidente da Câmara defende votar as regulamentações neste semestre, mas o tempo joga contra.
Sem Padilha – Fernando Haddad entregou pessoalmente a Arthur Lira a primeira proposta de regulamentação da Reforma Tributária, mas o ministro responsável pela articulação política não compareceu ao encontro.
Apesar da conversa recente com o presidente Lula, o sinal é que Alexandre Padilha seguirá fora do contato direto com o presidente da Câmara. Como em situações anteriores, Haddad estará na linha de frente das negociações.
Haddad foi acompanhado na entrevista coletiva por líderes importantes da Casa, como Isnaldo Bulhões (MDB), Dr. Luizinho (PP), e o relator da PEC, Aguinaldo Ribeiro (PP/PB). Mais cedo, Lira disse que há “uma quantidade absurda ” de interessados a relator agora e sinalizou que Ribeiro já teve seu protagonismo.
O segundo projeto de regulamentação da Reforma Tributária só deve chegar à Câmara em duas semanas, após o feriado de 1°de maio. Lira prometeu a Haddad que a votação das propostas acontecerá até o recesso de julho.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Marina Ramos/Assessoria de Imprensa da Presidência da Câmara dos Deputados