Petistas trabalham com a hipótese de Ciro não sustentar a candidatura ou, na hipótese mais branda, ser cristianizado em 2022. Avaliam que Moro ocupou o espaço que o pedetista disputava e empurra o cearense para o isolamento. Fontes do PDT admitem que a candidatura tem problemas, mas não existe pressão interna para que ele abandone a disputa, por enquanto. A situação tende a se agravar caso PT, PSB e PCdoB formalizem uma federação com caráter de frente e Ciro não consiga decolar nas pesquisas até abril, quando se abre a janela partidária e deputados do PDT podem migrar para os partidos da chapa de Lula. Também existem dificuldades para montar palanques estaduais até no Ceará. Por fim, o PT já iniciou uma movimentação pela eleição de Lula no primeiro turno contra a ameaça “Bolsomoro”. Em entrevista à Band News, ontem, Ciro foi perguntado sobre o assunto e respondeu: “sou candidato por cima de pau e de lata. E o sistema vai ter que me engolir”.
Ricardo Galhardo e Tatiana Farah– Direto de São Paulo