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Moro e Doria usam Ucrânia para tiro duplo

Os pré-candidatos Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB) têm sistematicamente atacado Bolsonaro e Lula em seu posicionamento sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. O campo de batalha é o Twitter e a imprensa. Os dois, ao lado de Simone Tebet (MDB), lançaram uma nota condenado os ataques russos e, nas redes sociais, colocam PT e Bolsonaro como defensores de Putin, apesar de o governo brasileiro ter assinado termo da ONU condenado a ação do governo russo. Sobre o PT, a brecha foi a malfadada nota da bancada do Senado que “contextualizou” a ofensiva russa com a tentativa de influência dos Estados Unidos no Leste Europeu. Em post no Twitter, Doria criticou o discurso do Brasil nas Nações Unidas, quando o representante brasileiro disse “lamentar” o ataque em vez de “condenar”. E, em artigo no Antagonista e postagens no Twitter, Moro disse que a “posição do presidente no conflito converge com a da oposição na extrema esquerda, que age como se não houvesse um agressor e uma vítima”. Por enquanto, os ponteiros das pesquisas eleitorais não se movimentaram com a guerra, nem com os posicionamentos dos pré-candidatos. Essa exposição de opiniões pode sinalizar como cada um conduziria a política internacional. No entanto, é bom destacar que, no governo, não é bem assim. Mesmo com o discurso de Bolsonaro simpático a Putin, o Itamaraty fechou acordo com a maioria na ONU e no Conselho de Segurança. E, por outro lado, a diferença entre “lamentar” e “condenar” pode carregar muito mais que uma questão semântica ou ideológica.

Tatiana Farah – Direto de São Paulo

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