Os presidentes do União Brasil (Luciano Bivar) e Podemos (Renata Abreu) têm acelerado as conversas para a possível migração de Sergio Moro para o partido formado pela fusão do DEM com o PSL. Conversam frequentemente e, agora, sem interlocutores. Fonte do PSL afirmou à BAF que o ex-juiz não vê problema em mudar de legenda, uma vez que a mudança seria chancelada pelo próprio Podemos. O martelo, no entanto, não foi batido. Os entusiastas da mudança defendem que só com um partido maior e com a estrutura e dinheiro que o União terá (cerca de R$ 1 bilhão com os fundos partidário e eleitoral e 20% do tempo de TV), Moro teria condições de se apresentar como um candidato viável a enfrentar o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Nas redes sociais e nas entrevistas, Moro tem batido nos dois adversários, mas seus auxiliares veem que o caminho é brigar pelos votos de Bolsonaro e tentar deixar o presidente fora do segundo turno. Para isso há muito chão, uma vez que a tendência é que, passada a crise da mais recente onda de Covid e com as turbinas voltadas para a eleição, a máquina do Estado deve inflar a candidatura do governo.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo