É raro encontrar entre os aliados de Lula, tanto no meio político quanto no jurídico, alguém que concorde com a escolha de Cristiano Zanin para o STF. O rosário de reclamações sobre o advogado pessoal do presidente é longo. Pessoas muito próximas ao petista dizem que Zanin é leal a Lula mas só a Lula, deixou a defesa de um dos filhos do presidente no meio do processo, tem histórico de relacionamento ruim com subordinados, se indispôs com o próprio sogro, Roberto Teixeira, etc. Sem contar o fato de Lula assumir sozinho todo o desgaste político que vai sofrer por indicar seu próprio advogado para um cargo público de primeira grandeza em um momento em que já enfrenta sérias dificuldades políticas no Congresso e é alvo de críticas por defender o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Essas fontes avaliam que a teimosia do presidente em relação a Zanin é mais um sintoma do perfil centralizador que adotou desde que deixou a superintendência da PF em Curitiba e da blindagem imposta por pessoas próximas.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: Alessandro Dantas