Um dos líderes do governo na Câmara prevê que, na retomada da agenda legislativa na próxima semana, o plenário será ocupado com a questão da prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco. Assim que a CCJ deliberar sobre a manutenção ou não da prisão, haverá pressão para que o assunto vá diretamente para o plenário. Apesar dos novos projetos do Perse (PL 1026/24) e da reoneração da folha dos municípios (PL 1027/24) serem prioridades absolutas da base governista hoje, as matérias acabaram de ser protocoladas e levarão algumas semanas para serem amadurecidas nas bancadas. Não há sequer relatores formalizados, mas tradicionalmente Arthur Lira designa nomes de sua confiança e de comum acordo com o líder do governo, José Guimarães. Outro tema que não está na lista das propostas mais emergenciais do governo, mas que vai ocupar corações e mentes nos próximos dias, é a volta do seguro DPVAT. O imposto foi extinto no governo Bolsonaro mesmo sem fonte de financiamento e agora enfrenta pressão de seguradoras e usuários pela retomada da cobrança. O projeto é relatado pelo vice-líder do governo no Congresso, Carlos Zarattini (PT/SP), e teve sua urgência aprovada pelo plenário. Os líderes governistas consideram o tema árido porque é um prato cheio para a narrativa da oposição: mais um imposto que será criado pelo governo Lula.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados
