Apesar das notícias do aumento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia, ameaças de invasão e movimentação de tropas na fronteira, o presidente Jair Bolsonaro, até agora, está com a viagem a Moscou confirmada. O seu embarque está previsto para a segunda-feira e um dos ministros que integrará a comitiva disse ao BAF que nada mudou. O principal momento de encontro entre Bolsonaro e Putin está marcado para a próxima quarta-feira, 16. No governo, entre alguns diplomatas e militares, há a avaliação de que os Estados Unidos possam estar “tocando os alarmes para botar pressão”. Mas também há preocupações entre outros segmentos do governo que afirmam que a ida do presidente à Rússia, neste momento, poderia ser mal interpretada, como se fosse um apoio do Brasil ao conflito, o que seria muito ruim, ainda mais que o país assumiu, em primeiro de janeiro, um assento rotativo no Conselho de Segurança da ONU. Mais cedo, muito antes de surgirem notícias sobre elevação de temperatura na região, o Itamaraty distribuiu uma nota em comemoração ao “aniversário de 30 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a Ucrânia”, ressaltando “a importância das relações bilaterais entre os dois países”.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília