O governo está tendo trabalho dobrado para que o plenário da Câmara vote nesta segunda-feira só o requerimento de urgência do projeto que derruba o decreto do IOF, conforme anunciado na quinta-feira.
Fontes disseram ao BAF que Hugo Motta tende a não oferecer resistência se a maioria do plenário quiser partir para a apreciação do mérito do PDL 314/25. A liderança do governo na Casa não trabalha com a hipótese de a sessão plenária ir além da urgência e diz que alguns líderes se manifestaram na reunião de quinta contra o mérito (apesar do apoio à votação do requerimento).
O discurso dos líderes governistas é de negar que haja uma crise e, nos bastidores, espera-se que organizando o pagamento das emendas de 2025, o Centrão recuará.
A decisão de pautar o requerimento, no entanto, é visto como um recado preocupante ao governo. “Já tivemos coisas muito piores aqui”, minimizou José Guimarães. O líder do governo disse que a ministra Gleisi Hoffmann deve conversar com os presidentes dos partidos e seus líderes, trabalho que o ministro Fernando Haddad já teve durante a semana passada.
Se o argumento dos críticos da MP da compensação é a ausência de apresentação de um projeto efetivo de corte de despesas, Guimarães afirmou que está disposto a fazer uma emenda na MP propondo a redução linear em 10% das subvenções.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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