O ex-secretário de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal de Oliveira, durante depoimento na CPI da Braskem acusou três ex-deputados de tentar coagi-lo quando exercia o cargo, entre 2019 e 2021, para emplacar na Agência Nacional de Mineração o presidente do Instituto do Desenvolvimento da Mineração (IDM-Brasil), Wagner Pinheiro. Por conta da revelação, o senador Otto Alencar (PSD-BA) apresentou requerimentos para convocar os ex-parlamentares Ricardo Izar Júnior (Republicanos-SP), Evandro Roman (PP-PR) e Nereu Crispim (PSD-RS), além de Pinheiro. Alexandre de Oliveira afirmou que o trio dizia ter um dossiê para pressioná-lo a nomear Pinheiro mas, ao cobrar a apresentação de provas, eles não respondiam. Oliveira não especificou quais seriam as denúncias que estariam no suposto dossiê. O relator da CPI, Rogério Carvalho (PT-SE), disse que a revelação abre um novo flanco nas investigações, mas não irá desviar o foco do que considera o mais importante: avaliar as responsabilidades da empresa no incidente nas minas em Maceió e da falta de fiscalização de órgãos reguladores governamentais.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado