O novo presidente da Câmara confirmou que vai tratar nesta semana da divisão entre os partidos das comissões temáticas da Casa. Se tudo der certo nas negociações, a partir da instalação dos colegiados será possível iniciar os trabalhos logo.
Em sua campanha para sucessão de Arthur Lira, Hugo Motta prometeu empoderar as comissões permanentes, reduzindo a quantidade de matérias que são levadas diretamente ao plenário sem passar pelo devido debate nos colegiados.
O grande impasse gira em torno da disputa entre MDB e União Brasil pela Comissão de Constituição e Justiça e pela relatoria do Orçamento de 2026, que neste ano ficará à cargo da indicação da Câmara. A base governista também quer evitar que o PL se empodere de comissões estratégicas, como Saúde e Educação, ou que não indique deputados da ala bolsonarista para as presidências. O líder petista, Lindbergh Faria, disse que não admitirá Eduardo Bolsonaro no comando da Comissão de Relações Exteriores.
Arbitrar as escolhas será um teste para a capacidade de liderança de Motta, de acomodação de interesses diversos e para o discurso de gestão harmônica empregada até aqui.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Marina Ramos, Câmara dos Deputados
