Arthur Lira ficou de conversar hoje com o presidente Lula para tentar fechar um acordo sobre o destino do Programa Mover e, consequentemente, o imbróglio que travou a votação do projeto ontem na Câmara: o fim da isenção para as compras de importados até US$ 50. A assessoria da presidência da Câmara não deu uma estimativa de horário e na agenda oficial de Lula boa parte do dia é dedicada à recepção do presidente de Benin, Patrice Talon. Lira é um dos apoiadores do fim da isenção e Lula entrou em campo ontem, como alertou o BAF, contra a proposta. No recado de Lula havia o apelo para que os deputados não aprovassem a medida. Ele avisou também que se avançassem no tema, estaria disposto a vetá-lo. Questionado pelo BAF sobre o risco de o veto ser derrubado no futuro, o líder José Guimarães (PT/CE) respondeu que isso seria tratado mais adiante. O clima entre os líderes do governo ontem à noite era de cansaço diante da queda de braço. Sabia-se que a emenda estaria no relatório de Átila Lira (PP/PI), mas não havia – entre governo e oposição – estimativa de aprovação ou não, uma vez que PT e PL estavam contra. Lira não quer perder e o governo não quer perder para a repercussão negativa.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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