Para quem esperava ter resolvido sua sucessão em agosto, a persistência de três candidatos tem sido desgastante para Arthur Lira, relatam fontes ao BAF.
O cenário após o primeiro turno das eleições municipais é de Hugo Motta (Republicanos/PB) estagnado (mas ainda favorito), Elmar Nascimento (União/BA) demonstrando resiliência e Antonio Brito (PSD/BA) reproduzindo o discurso de que se o PSD fez o maior número de prefeitos, é justo que o partido comande a Câmara.
Entre os apoiadores de Motta, a narrativa é de que sua candidatura está resolvida, que no momento certo quem ainda não formalizou o apoio o fará, que as chances de Elmar são mínimas e que o “esperneio” só o deixará mais isolado.
Já o líder do União Brasil segue se movimentando e recentemente conseguiu evitar a debandada do PSB para o lado de Motta após a interferência do prefeito reeleito do Recife, João Campos, restando o apoio do líder Gervásio Maia, colega da bancada da Paraíba de Motta. Um líder governista disse que, a essa altura, era esperado que o ungido de Lira crescesse mais.
Brito não dá sinais de desistência, o que leva a algumas previsões de que a eleição na Câmara pode ter segundo turno se o cenário não mudar ou eventual capitulação só em janeiro.
Lira evitou a Câmara nesta semana, como fez durante a maior parte do esforço concentrado, justamente para evitar pressões. “Está fugindo dos candidatos”, ironizou um aliado de Elmar. Já os candidatos circularam pela Casa, mesmo esvaziada.
Com mais parlamentares presentes ao fim do segundo turno das eleições municipais, a campanha interna vai esquentar. E para Lira, como diria um líder governista, a demora na definição do candidato com ampla maioria aponta para um cenário “angustiantemente indefinido”.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados