Independentemente de fechar ou não acordo para encerrar a campanha salarial nos próximos dias, a Ascema Nacional estima que a evasão de servidores do Ibama poderá superar a marca de 30% dos últimos anos após o abandono da reivindicação por reestruturação da carreira (que teve como objetivo facilitar a negociação com o Ministério de Gestão e Inovação).
Ao BAF, o presidente da Ascema destacou que a atual defasagem da área ambiental, a sobrecarga dos funcionários e a complexidade do serviço já fazem com que o Ibama sirva de trampolim para outras carreiras.
Binho Zavascki disse que ao não se avançar num acordo com a categoria, espera-se um aumento dos pedidos de remoção e demissão de servidores, incluindo do setor de licenciamento, para outras áreas, “agravando a crise nessa área que tem milhares de processos de licenciamento em diversas etapas”. “Centenas de colegas estão prestando concurso para o CNU e com certeza muitos passarão”, previu.
As assembleias para discutir o resultado da reunião de sexta-feira com o MGI ainda não começaram. Como o BAF vem destacando, servidores ambientais avaliam que o governo ignora hoje as demandas das categorias que ajudaram a eleger o presidente Lula e reclamam que grupos politicamente mais distantes da atual gestão, como PRF, Abin e PF, foram contemplados.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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