Após oito meses de campanha por reestruturação de carreira, operação-padrão, greve inibida pelo STJ e governo jogando duro contra a pauta de reivindicações, os servidores ambientais acabaram aceitando a proposta do Ministério de Gestão e Inovação que encerra a mobilização.
Ficou para trás a reivindicação de equiparação com os salários da ANA e prevaleceu o receio de ficar sem qualquer reajuste em 2025, como apontou o BAF.
Algumas ressalvas vindas das assembleias entraram no acordo, outras serão submetidas a grupos de trabalho a partir de novembro. Caberá ao Ibama redefinir metas, cronograma e prioridades para os licenciamentos ambientais.
“O MGI apresentou um ligeiro incremento nas tabelas do PECMA e Nível Auxiliar, elevando o reajuste previsto para 2025 de 8,5% para 9,5% e 4% em 2026 além da quebra de barreira para progressão dos servidores enquadrados no PECMA”, diz a nota da Ascema Nacional.
Frustrados com a oferta do governo, a entidade terá nova avaliação de como manterá suas pautas vivas: se haverá futuramente operação-padrão, greves temporárias e outras mobilizações, como sugeriram os servidores que apoiaram o acordo. Ao BAF, Binho Zavascki, presidente da Ascema, disse que são “grandes” as chances de novas mobilizações – já que o acordo ficou distante do que foi pedido inicialmente pela categoria – mas não neste ano.
“A greve deve acabar, mas a mobilização continuará, temos COP 30 em 2025 e muita luta pela frente, com um calendário de ações a ser elaborado nos próximos dias”, finaliza a nota da Ascema.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Divulgação/Ascema