O governo não conseguiu vencer a resistência do Senado e verá a indicação do próximo presidente do Banco Central ser votada só em 8 de outubro, após as eleições.
O líder do governo, Jaques Wagner, admitiu que a data não é a dos “sonhos”, mas se resignou.
A sabatina de Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos depende de agendamento do seu presidente, o senador Vanderlan Cardoso.
Não há resistências na Casa ao indicado, o que há é insatisfações acumuladas em relação ao governo.
Clima ruim – Indefinição sobre a distribuição das emendas de comissão, manutenção da urgência do primeiro projeto de regulamentação da Reforma Tributária, ameaça de obstrução da oposição e insistência do governo com projetos arrecadatórios ajudaram a escalar o nível de irritação dos parlamentares.
Na terça-feira, a entrega oficial do PLOA pela ministra Simone Tebet (Planejamento) foi cancelada a pedido do presidente do Senado.
O presidente da CAE também não gostou de ver sua função “esvaziada” quando o governo anunciou Jaques Wagner como relator da indicação de Galípolo para a presidência do Banco Central.
O governo tinha como data ideal o dia 10, mas a cúpula do Senado vinham alertando sobre a dificuldade de garantir quórum neste período de intensificação das campanhas municipais.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Ed Alves/CB/DA.Press