Quando o Senado voltar aos trabalhos em agosto, terá três projetos relevantes para tocar em pleno calendário eleitoral: a renegociação da dívida dos Estados, a compensação da desoneração da folha de pagamento e o início das discussões da primeira proposta de regulamentação da Reforma Tributária. Não é prioridade do governo, mas a Casa se movimenta para dar andamento ao projeto da autonomia financeira do Banco Central.
O cenário político no Senado, no entanto, é de apatia entre os governistas, discussões relevantes conduzidas por poucos e 12 titulares experientes fora do mandato (seis afastados para assumir outras funções e seis licenciados por quatro meses). Nesta semana se afastou Eliziane Gama (PSD/MA) e, assim como ela, senadores expressivos, como Efraim Filho (União/PB), Rogério Marinho (PL/RN) e Wellington Fagundes (PL/MT), foram cuidar de seus interesses fora de Brasília. Os suplentes que assumiram não têm o traquejo político dos titulares e, até agora, não se mostraram expressivos.
Nesta semana, o Valor revelou que Rodrigo Pacheco teria sugerido ao governo devolver os senadores que hoje são ministros para melhorar a articulação da base governista na Casa. Se o Planalto abrisse mão de Wellington Dias, Carlos Fávaro, Camilo Santana e Renan Filho seria um ganho para os sobrecarregados Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues, mas não há nenhum indicativo de que isso ocorrerá.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Leonardo Sá, Agência Senado