Além da votação do projeto na Assembleia Legislativa de São Paulo, a privatização da Sabesp também será tema de votação na maioria das Câmaras Municipais onde a estatal tem contrato. Isso porque em caso de privatização, os contratos com as administrações municipais precisarão ser refeitos porque eles serão extintos. Não à toa, o governador Tarcísio de Freitas vem conversando com os prefeitos sobre a mobilização política para a aprovação dos novos contratos. Fontes disseram ao BAF que mais de 300 prefeitos se reuniram com o governador só para tratar de Sabesp, mas o que interessa mesmo são os grandes municípios. Os gestores municipais, no entanto, querem saber o que as suas cidades ganharão com a privatização. “Tem outras batalhas pela frente. (A privatização) vai exigir um esforço político muito grande”, previu um deputado estadual. Em São Paulo, que responde pela maior parte da arrecadação da empresa e que será a referência para os demais municípios, o presidente da Câmara é Milton Leite (União) e a expectativa é que ele “jogue bruto”, uma vez que foi escanteado pela gestão estadual. As votações nas casas legislativas locais deve adentrar o ano eleitoral, que já deve incorporar a privatização da Sabesp como um dos temas das eleições de 2024.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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