O governo deve apresentar amanhã para os governadores uma proposta para renegociação das dívidas dos estados, mas já antevê que pode agradar a uns e desagradar à maioria. Mais do que o componente técnico e econômico, é a questão política que estará na mesa. Grandes estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul concentram a maior parte do endividamento e ainda há estados mais sensíveis politicamente, como Bahia, Pernambuco e Alagoas neste rol, embora em valores menores. O problema do governo vai ser ter que abrir mão de expectativas de receitas, uma vez que algum desconto será garantido, e, por outro lado, talvez conceder algum prêmio para a maioria dos entes federativos que pagam em dia. De toda forma, a conta será negativa para o governo, sobretudo com nova renegociação de estados, como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que há anos refinanciam seus débitos e não honram o combinado.
Chico de Gois – Direto de Brasília
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