O relator da CPI da Braskem, senador Rogério Carvalho (PT-SE), disse que, a princípio, não pretende prorrogar a CPI da Braskem, cujo prazo de funcionamento termina em 22 de maio. Nesta terça-feira, a comissão ouviu os depoimentos de três pessoas: José Geraldo Marques, ambientalista e morador do bairro de Pinheiros, um dos locais atingidos; Abel Galindo Marques, engenheiro civil, e Natallya de Almeida Levino, economista e professora universitária. Os três questionaram a extensão dos danos e o valor das indenizações pagas pela empresa. O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) disse que Renan Calheiros (MDB-AL), seu desafeto local e responsável pela coleta de assinaturas para a instalação da CPI, pode passar da condição de investigador para investigado. Cunha lembrou que o filho do senador, Renan Filho, foi governador do estado na época do acidente, e Renan presidiu a Salgema, entre 1993 e 1994, empresa que antecedeu a Braskem na exploração das minas. Renan já disse anteriormente que foi nomeado vice-presidente da Petroquisa e que, portanto, participava do conselho de administração da Salgema como representante da Petroquisa. Renan desistiu de participar da CPI depois que foi preterido para a relatoria da comissão.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Viola Jr./Câmara dos Deputados