Arthur Lira usou como justificativa para não acompanhar ontem o presidente Lula no Rio Grande do Sul a vasta pauta pendente de solução na Câmara, entre elas a criação do grupo de trabalho para o primeiro projeto da regulamentação da Reforma Tributária. O grupo, no entanto, ainda não foi oficializado, mas pode ser confirmado de seis a oito deputados. As bancadas já fizeram suas indicações e a palavra final será de Lira. Joaquim Passarinho e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (ambos do PL), Reginaldo Lopes (PT), Luiz Carlos Hauly (Podemos), são alguns nomes encaminhados pelos partidos. Ao BAF, Lopes disse que os temas ainda não foram divididos e que a expectativa é que os trabalhos comecem na próxima semana. O presidente da Câmara informou que o colegiado vai trabalhar de 40 a 50 dias promovendo “muitas audiências” e que haverá um relator geral ao final. Para Lira, o modelo com “divisão de tarefas” será “salutar”. Ele espera aprovar as matérias em julho para que o Senado passe a apreciá-las em agosto. A liderança do governo minimiza o calendário curto e diz que o texto apresentado pelo Executivo está bem formatado, a ponto de não precisar de grandes discussões. O governo conta com o peso político da conclusão do tema este ano para que Lira e Rodrigo Pacheco acelerem a tramitação das propostas de regulamentação da reforma.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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