A Frente Parlamentar do Empreendedorismo protocolou um requerimento na Câmara para a realização de uma comissão geral com objetivo de debater a Reforma Administrativa, assunto que ameaçou ser ressuscitado por Arthur Lira, mas que não vingou em 2023. Logo após a primeira votação da Reforma Tributária, Lira jogou o tema para a plateia, o governo criou um grupo de trabalho no segundo semestre e nada avançou de concreto. Em agosto, 23 frentes parlamentares entregaram um manifesto a Lira cobrando a votação da matéria. A agenda de Fernando Haddad prevaleceu. A crítica é que o governo aposta numa agenda arrecadatória quando precisa reformar a máquina pública para torná-la menos onerosa. Dificilmente a proposta avançará em 2024, ano de eleições municipais. Agora, o máximo que os defensores da Reforma Administrativa terão, num calendário tão curto, é uma sessão não deliberativa no plenário para reafirmar a bandeira.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados