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Reajuste dos servidores em compasso de espera

A pressão de algumas categorias e a disputa entre elas levou o Planalto a esperar um pouco mais para fazer o anúncio do reajuste salarial para o funcionalismo público. Um interlocutor do presidente insiste que o governo não vai ultrapassar os gastos de R$ 1,7 bi separados no Orçamento de 2022 para esta finalidade. Já a LDO de 2023 prevê R$ 11,7 bi. O governo prefere dar 5% para todos do que apenas atender a grupos privilegiados, ainda que entre eles estejam os policiais. Porém, os servidores das categorias mais aquinhoadas não se conformam com os 5%. E 26% de reajuste, como querem funcionários do Banco Central, é considerado impossível de ser atendido. Paulo Guedes, neste momento, ganhou força, depois de Bolsonaro dizer que ele “a princípio” fica em um eventual segundo mandato. Essa declaração serve para mostrar que ele tem ainda algum controle sobre o Orçamento e sobre os gastos públicos e que, apesar do esforço da ala política em conceder benesses para garantir a reeleição do presidente, não está tudo liberado. Essa mesma fonte citou que, enquanto a discussão entre os sindicatos continua, Guedes está aproveitando para empurrar o início da concessão do reajuste. “Enquanto isso, o ministro Paulo Guedes ganha tempo, economizando meses de aumento”, ironizou a fonte, acrescentando que, se demorar até o limite da lei eleitoral, ele talvez até possa dar um pouquinho mais que os 5% para todos. O que parecia estar definido entrou em um breve compasso de espera, enquanto a disputa política entre as categorias e áreas do governo se arrasta. O interlocutor do Planalto acrescentou ainda que não há uma solução pronta neste momento para a questão do aumento. Todas as alternativas estão sendo estudadas e as discussões não estão incluindo apenas o Executivo. Segundo a fonte, Arthur Lira tem tido espaço nestas negociações. Lira também tem se feito presente nas tratativas de pontos que envolvem o Orçamento de 2023. Orçamento, agora é feito a “duas mãos”, com responsabilidades divididas, observou.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

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