Lideranças políticas e analistas do campo governista avaliam que a reação de Bolsonaro à possibilidade de ficar inelegível reforça a tendência de fragmentação da direita para 2026. O ponto de destaque é o trecho da entrevista a Mônica Bergamo na qual o ex-presidente diz ter uma “bala de prata” para 2026. Os governistas apontam três cenários: 1 – Bolsonaro está blefando; 2 – Vai sacar um nome às vésperas da eleição, possivelmente de um dos filhos; 3 – Pode tentar uma ruptura institucional. Nos três casos o ex-presidente deve esticar a corda até 2026, mantendo consigo o bolsonarismo “raiz”, enquanto um amplo setor da direita já trabalha com outros nomes, como Tarcisio de Freitas e Romeu Zema. A tendência de fragmentação é reforçada pelas disputas locais visando as eleições municipais e pela decisão anunciada pelo PL de lançar candidatos em todas cidades com mais de 100 mil eleitores.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
Foto: Sergio Lima, Poder 360