A partir desta segunda-feira, o partido do presidente Lula fará sua segunda rodada de avaliação do cenário pós-eleições municipais com a constatação de que seu discurso “embolorou” para o eleitorado.
Também vai começar a ganhar tração o processo de sucessão presidencial no partido, com Gleisi Hoffmann buscando um espaço numa provável reforma ministerial, e a briga entre o PT do Sudeste versus PT do Nordeste.
De um lado terá Edinho Silva, um forte cabo eleitoral de Fernando Haddad como sucessor de Lula, do outro José Guimarães, um possível apoiador de Rui Costa (que por sua vez não esconde as pretensões presidenciais).
Mais do que um cabo eleitoral do “sucessor” de Lula, o próximo presidente do PT deverá conduzir um processo de atualização do discurso do partido, que empacou nos anos 80.
Ainda é incerto quantos dirigentes no partido entenderam que a periferia não quer mais os discursos da esquerda e que pautas identitárias não levam os mais pobres à “prosperidade”.
O que se sabe é que o cenário eleitoral que sobra para 2026 torna a perspectiva mais difícil para a reeleição de Lula.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Ricardo Stuckert