Foram negativas as primeiras reações de políticos petistas à proposta do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para equacionar a delicada situação fiscal de Minas Gerais. É um mau começo, independentemente das análises técnicas que terão de ser superadas para que o Estado use seus ativos e possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para uma dívida consolidada de R$ 160 bilhões. Cemig, Codemig e Copasa, no plano de Pacheco, poderiam ser federalizadas, mas os petistas mineiros enxergam essa possibilidade como positiva apenas para seus concorrentes diretos, o governador Romeu Zema (Novo) e Pacheco. Superados os problemas técnicos e políticos, Lula ainda terá de decidir se esse tipo de ajuda federal faz sentido, já que Minas Gerais não é o único Estado com sérios desequilíbrios das contas públicas. A proposta de Pacheco também é um teste para o Ministério da Fazenda, já que, no fim de julho, foi divulgada uma nova estratégia de cooperação federativa que promete aprimorar o RRF.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Jefferson Rudy, Agência Senado
