Com as escolhas de Enio Verri para Itaipu, Jean Paul Prates para Petrobras e a possibilidade de Fernando Pimentel para ENBPar, o PT indica que pretende ter influência no setor de energia para as medidas diretas ao consumidor. Preço dos combustíveis e da conta de luz, bem como os programas sociais do setor de energia, foram as escolhas que o partido não abriu mão. Com a capitalização da Eletrobras, cada vez mais os recursos de Itaipu e da ENBPar devem se tornar importantes para turbinar ações sociais para mitigar os preços das tarifas na ponta. Em compensação, o partido tem deixado para o Centrão a montagem do Ministério de Minas e Energia. Há quem diga dentro do PT que, inclusive, há uma certa vista grossa do comando do partido com nomes que têm sido ventilados que trabalharam por pautas caras à legenda, como a privatização da Eletrobras. A aposta da vez é que Marisete Dadald, ex-secretária executiva de Bento Albuquerque, possa voltar a ocupar o cargo de número dois com Alexandre Silveira. Marisete tem apoio de parte do MDB e tenta se desvencilhar do carimbo de bolsonarista, coisa que o também cotado Bruno Eustáquio não conseguiu. Outros nomes considerados técnicos, mas que ainda guardam vínculo com a gestão passada, também estão na fila para ocupar o ministério. É o caso de Thiago Barral, que deve ir para a nova Secretaria de Planejamento e Transição, e Pietro Mendes, que deve assumir a Secretaria de Petróleo e Gás. Silveira deve anunciar na próxima semana a equipe completa da pasta.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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