O governo terá de lidar com o Congresso sob nova direção em 2025, ano de retorno de Davi Alcolumbre à presidência do Senado e da estreia de Hugo Motta na versão de presidente da Câmara. A nova relação será inaugurada com a tramitação do PL 4920/24 (que altera a aposentadoria dos militares) e do projeto que trata da isenção de Imposto de Renda para até R$ 5 mil, tratado pelo PT até aqui como potencial grande vitrine do governo Lula 3.
Alcolumbre e Motta não falam abertamente sobre o ritmo que darão às propostas do governo, mesmo porque ainda não são os titulares, mas certamente não devem impor um rito célere para a tramitação das propostas para “promover a ampla discussão”.
O PL dos Militares deve impor muita pressão da oposição sobre ambos. Futuro líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, disse ao BAF que a missão da bancada no ano que vem é não deixar a matéria prosperar.
Tanto Alcolumbre quanto Motta assumiram compromissos com a oposição, bloco que anunciou apoio aos dois logo que as candidaturas foram formalizadas.
Alcolumbre já está de olho na possibilidade de reeleição para o biênio seguinte e, gostando da cadeira hoje ocupada por Arthur Lira, Motta também fará tudo para se equilibrar entre as demandas do governo e da oposição, de modo a se estender no cargo na próxima legislatura.
Há sinais de boa vontade de ambos para dar andamento às propostas de cunho econômico do Executivo, mas só a partir de fevereiro ficará claro o grau de entrega do Congresso.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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