A ideia que começou a circular hoje de que o governo estaria preparando um projeto de lei para privatizar a Petrobras, mesmo mantendo garantia de veto, é vista dentro da própria petroleira como um balão de ensaio, uma forma de sondar com o mercado e opinião pública poderia reagir em relação a possibilidade. A notícia pegou de surpresa alguns executivos da estatal, que disseram ao BAF que não haver discussões sobre o tema entre a empresa e o governo. Há algumas semanas Bolsonaro decidiu trazer à tona uma “vontade” de privatizar a empresa. É mais uma forma do presidente tentar descolar dele mesmo a ‘culpa’ pelo aumento dos preços dos combustíveis – o próprio Bolsonaro já reclamou diversas vezes em lives e entrevistas. Com Petrobras privatizada, não seria mais ‘responsabilidade’ do governo. Mesmo que o projeto de lei seja efetivamente enviado para o Congresso e conseguisse ser aprovado pela Câmara, onde Arthur Lira já sinalizou que apoiaria uma privatização da Petrobras, esbarraria no Senado. O agora pré-candidato à Presidência, Rodrigo Pacheco, indicou recentemente na reunião com governadores que avalia que não seria o momento de privatização da petroleira.