As linhas gerais do novo arcabouço fiscal apresentadas por Fernando Haddad ontem têm sido alvo de críticas por setores do PT. Algumas lideranças consideram a proposta excessivamente pró-mercado, outros criticam a manutenção da lógica do teto de gastos. Circula nos grupos do partido análise feita pelo economista Pedro Rossi, da Unicamp, com 10 críticas e um elogio à proposta. Segundo ele, com o atual formato as despesas fora do teto (securidade, saúde, educação, bolsa família turbinado) tendem a pressionar os demais gastos, especialmente os discricionários. Ele também aponta que o teto de crescimento do gasto, 2,5%, é inferior aos outros governos de Lula (5,2%) e Dilma (3,5%). Integrantes do Ministério da Fazenda avaliam que a apresentação foi bem recebida pelo mercado, economistas e imprensa, mas preveem dificuldades no Congresso, apesar de líderes da oposição terem manifestado a necessidade de uma nova regra fiscal.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
Foto: Pedro França, Agência Senado