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Pessimistas esperam tormenta em 2024

O clichê da tempestade perfeita no ano que vem está perturbando alguns integrantes do governo neste momento. A paz fiscal conquistada com a PEC da Transição permitiu um ambiente de relativa normalidade no primeiro ano do governo Lula. Apesar das dificuldades, o Congresso aprovou as mudanças no Carf e a Câmara conseguiu votar a Reforma Tributária. O Banco Central passou a reduzir a Selic em agosto e aumentaram as expectativas de crescimento do PIB em 2023. Neste último trimestre do ano, ainda há muitos desafios, como, por exemplo, LDO, LOA, projetos que aumentam a arrecadação e a Reforma Tributária no Senado. Considerado esse balanço, 2024 parece ser muito mais preocupante. A meta de equilíbrio das contas públicas vai exigir um bloqueio recorde das despesas, algo além de R$ 50 bilhões, o que vai irritar ministros e parlamentares em pleno ano de eleições municipais. O cenário internacional pode ser mais inflacionário para o Brasil, o que pode reduzir o ritmo de corte da Selic e derrubar as apostas de crescimento da economia. Para alimentar o pessimismo, parece que o clima mais amigável ao governo no Senado acabou.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Victor Moriyama, Getty Images

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