O líder do PSD, senador Otto Alencar, disse ao BAF que a PEC do Quinquênio não deverá ser aprovada como saiu da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e que algumas categorias beneficiadas no relatório do senador Eduardo Gomes (PL-TO) podem ser retiradas do texto.
Otto afirmou que o presidente do Senador, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é contrário à extensão realizada por Gomes.
O projeto original, de autoria do próprio Pacheco, previa o pagamento de adicional de 5% nos salários para integrantes da magistratura e do Ministério Público, que têm orçamento próprio.
Gomes contemplou também, em seu parecer, integrantes da Defensoria Pública, Advocacia Pública da União, delegados da Polícia Federal e membros dos tribunais de contas. O próprio Pacheco não é favorável à essa ampliação no número de categorias.
Pelos jornais – Eduardo Gomes disse ao BAF que o governo fala mais pela imprensa do que pessoalmente e isso atrapalha o encaminhamento de acordos.
Gomes afirmou que até agora ninguém do governo o procurou para tentar mudar seu relatório, aprovado na CCJ na semana passada por 18 votos a 7.
A PEC está na pauta do Senado hoje e amanhã, mas apenas para contar as cinco sessões regimentais.
Gomes defendeu seu parecer e afirmou ao BAF que na hora que o governo entender a proposta vai passar a apoiá-la – embora a disposição não seja essa.
Já o líder do governo Jaques Wagner disse ao BAF que procurará o relator “na hora certa”.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Marcos Oliveira, Agência Senado