Alardeada no fim de 2024, o PSOL está protocolando finalmente a PEC contra a escala 6X1. Segundo a legenda, foram coletadas 234 assinaturas (eram necessárias 171).
No momento que o governo vive uma crise de popularidade, o aliado marcou posição com os demais governistas signatários da PEC para tentar repetir o feito do ano passado, quando criou uma onda positiva para a esquerda nas redes sociais. O PSOL deve levar adiante agora uma agenda de “mobilização nacional” pela emenda constitucional.
O encaminhamento, a partir do protocolo, é análise da admissibilidade na CCJ e depois votação de mérito na comissão especial. Como Hugo Motta prometeu em campanha o respeito ao rito de tramitação nas comissões, o tema ainda levará um bom tempo para chegar no plenário (e se chegar neste ano).
Para começar a efetivamente andar, a PEC precisará contar com a simpatia da presidência da CCJ, que ficará sob o comando de um parlamentar do MDB ou do União Brasil.
Aprovação – O PSOL disse que a PEC não foi protocolada no ano passado porque a CCJ era comandada pela oposição e que após o Carnaval vai consultar o presidente da Câmara sobre o tema. O governo, por meio do líder José Guimarães, vai abraçar o tema.
Nem governo e nem oposição sabem hoje se a PEC passaria ou não, só concordam que o tema é popular e que, no plenário, é difícil votar contra.
Joaquim Passarinho, presidente da FPE, disse que a missão da frente será se opor e cobrar as contas sobre “quem vai pagar por isso”, afinal há um impacto significativo na economia com a medida. Passarinho alertou que não só a iniciativa privada pagará mais e repassará os valores, mas o próprio governo terá de contratar mais, principalmente na saúde. “Vai estourar o governo deles”, previu.
Para avançar, a PEC precisará conquistar o apoio de gente além da esquerda, em especial do Centrão, o que ficará mais claro a partir do momento que ela começar a tramitar. Há apoio inclusive da direita e o senador Cleitinho se notabilizou pela posição favorável.
O PSOL promete mobilização fora para pressionar pela votação e diz ter 2 milhões de assinaturas de apoiamento.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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