As manobras de Arthur Lira para adiar a votação da MP 1154 aumentaram ainda mais a sensação em setores do governo de que o presidente da Câmara extrapola suas funções e tenta interferir em atribuições do Executivo e até do Senado. A avaliação é que a situação não vai mudar enquanto Lira estiver no cargo. Sem ter maioria, o governo aposta em uma fragmentação do Centrão para conseguir ter alguma influência na sucessão na Câmara. Para o governo, já existem sinais de que a fragmentação está em curso. O principal deles foi o anúncio dos dois blocões do Centrão, uma dos raros revezes de Lira nos últimos anos.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: Rafaela Feliciano, Metrópoles