Fernando Haddad disse mais cedo que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, o comunicou da disposição de convocar sessões extras para apreciar todas as demandas do governo. O ministro da Fazenda fez praticamente um desagravo a Pacheco no episódio envolvendo as discussões sobre o pagamento da dívida mineira e foi contundente nas críticas ao governador Romeu Zema. Era de se esperar, já que Pacheco vem se mostrando nos últimos dias mais disposto a colaborar com o governo. Um exemplo é a convocação da sessão conjunta do Congresso. O senador voltou da viagem com Lula disposto a postergar a análise dos vetos presidenciais. Na terça-feira, fez uma breve sinalização à oposição de que poderia chamar a sessão para hoje, mas sob a alegação de que havia baixo quórum, agendou a reunião oficialmente para o dia 14. Ao emitir o comunicado oficial da sessão, dá sinais de que não pretende ceder à pressão da oposição e do Centrão, que estão sedentos para derrubar alguns vetos. Pacheco fez exatamente o que a liderança do governo no Congresso esperava dele desde a semana passada: empurrar os vetos para o mais próximo do fim dos trabalhos. Nesta reta final do ano legislativo, Pacheco está jogando junto. Pelos sinais dados aos aliados até hoje, Arthur Lira também voltará de Dubai colaborativo, disposto a fazer sessões extras para ajudar a liquidar as matérias prioritárias da equipe econômica.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Pedro França/Agência Senado
