Se tudo der certo para a equipe econômica neste fim de ano legislativo, o foco das negociações no começo do ano que vem deve ser o da segunda etapa da Reforma Tributária que pretende mudar as normas do Imposto de Renda e da CSLL. As propostas da transição ecológica que dependem do Congresso também serão muito importantes, principalmente por causa da presidência brasileira no G20, mas, nesse caso, os interlocutores do Executivo avaliam que a resistência será menor porque os presidentes da Câmara e do Senado estão mais sintonizados com a ideia geral de o Brasil aproveitar o enorme potencial energético que tem. O desafio tributário é o que deve gerar mais desgaste porque enfrentará os lobbies dos contribuintes mais ricos. Além disso, pode acumular na agenda a pretendida mudança dos juros sobre capital próprio. O fim deste ano pode deixar para 2024 parte dos planos do governo se fracassarem nas tentativas de aprovação dos projetos sobre apostas, a conclusão da primeira etapa da Reforma Tributária e as leis orçamentárias.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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