A decisão de adiar para fevereiro a votação da Lei Orçamentária Anual de 2025 dá um poder maior ao que Davi Alcolumbre já tem atualmente.
O provável sucessor de Rodrigo Pacheco na presidência do Congresso é apontado como operador no Senado das emendas parlamentares, além dos cargos sob seu domínio no governo. O senador sabe bem fazer o jogo de pressão típico do Centrão.
Mais cedo, Pacheco anunciou que a votação do PLOA ficará para fevereiro, após a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara e do Senado. A Comissão Mista do Orçamento (CMO) só mudará em março, portanto o colegiado que vai votar o projeto e a relatoria do senador Angelo Coronel (PSD/BA) serão os mesmos.
Coronel já vinha dando sinais desde o início da semana de que não queria votar o PLOA agora. O relator deu argumentos razoáveis para adiar a apresentação do relatório, como a falta de clareza sobre o que será sancionado na Lei de Diretrizes Orçamentárias e as alterações no salário-mínimo.
“Sem uma base normativa plenamente definida e um cenário fiscal delineado por todos os elementos votados e sancionados, corremos o risco de produzir uma peça orçamentária desconectada da realidade”.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado