Em entrevista nesta tarde, Arthur Lira repetiu o que o BAF vem apontando nas calls e podcasts: não há acordo para tramitação de MPs e o governo fez mudanças na 1172 sem combinar com a cúpula da Câmara e do Senado. Lira listou os projetos aprovados em seis meses com a boa vontade da Câmara e destacou que há assuntos que a Casa, de maioria conservadora e liberal, enfrenta dificuldade para aceitar. Hoje, o presidente da Câmara elogiou a interlocução do presidente interino, Geraldo Alckmin, e de Dario Durigan, número 2 da Fazenda. Ele negou que seja contra taxar fundos, mas disse que precisa “planejamento”. Lira detalhou com mais precisão o acordou fechado hoje: não houve consenso sobre a mudança no cálculo do IPCA, mas o recurso que viria da emenda do Senado no arcabouço será viabilizado via LDO. Quanto às offshores, a emenda que foi embutida na MP 1172 virá por projeto de lei com urgência constitucional. Fundos exclusivos e onshores entrarão em nova MP que será editada pelo governo. Neste momento, o plenário começa a votar o novo arcabouço fiscal.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Fiesp