De perfil mais radical e crítico da política econômica de Fernando Haddad, Lindbergh Farias (RJ) vai estrear na liderança do PT em 2025, ano de condução da agenda de cortes no Congresso e de Câmara sob nova direção.
O PT vinha até aqui com líderes mais conciliadores, como Zeca Dirceu (PR) e Odair Cunha (MG). Alinhado com a namorada, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o deputado fluminense costuma usar as redes sociais para criticar as decisões do Banco Central. No ano passado, bateu duro na proposta do arcabouço fiscal e chegou a dizer em entrevista que o projeto era uma tentativa de “pacto demoníaco”.
O próximo ano será decisivo para a agenda do governo Lula e o novo líder terá de estabelecer um bom diálogo com o resto da Casa e com o novo presidente – cuja relação com o governo ninguém ainda sabe qual será no dia-a-dia. À Folha, Lindbergh disse que não será “histriônico”.
A dúvida que fica é se o deputado vai poupar a gestão de Gabriel Galípolo à frente do BC em 2025 e se vai abraçar de bom grado o pacote de redução de gastos do governo, seja ele qual for.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Pedro França, Agência Senado