O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou que o presidente Lula – mesmo se recuperando após duas cirurgias no cérebro – vai entrar em campo para evitar a desidratação das propostas do pacote de corte de gastos. O presidente teria pedido um quadro detalhado do cenário e avisou que fará esse apelo.
A ação, no entanto, precisa começar pela própria base aliada, que está mobilizada dentro do Congresso e nas redes sociais para barrar o que chama de “pacote de maldades” do governo.
O PCdoB, por exemplo, já anunciou emendas para “proteger” o BPC e o salário-mínimo do ajuste fiscal. O argumento dos aliados é que não se pode permitir que “regras restritivas se estendam além do necessário” na política de reajuste do salário-mínimo e que o benefício social precisa ser blindado para evitar que a legislação não retroceda “em direitos tão fundamentais”. Por causa da tendência de desidratação e não de endurecimento, o pacote já é chamado pelo Centrão nos bastidores de “arremedo”.
Com as emendas sendo pagas na velocidade prometida pelo governo, a disposição de votar as medidas em apenas uma semana melhora.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Ricardo Stuckert