O ano legislativo começa na próxima semana com caras novas no comando de algumas bancadas. Na lista das mudanças já definidas está Vinícius Carvalho (SP) no lugar de Hugo Motta (PB) na liderança do Republicanos. Carvalho é o autor do projeto que substitui o IGP-M como índice para reajuste de aluguéis, proposta que passou metade do ano na pauta oficial de Arthur Lira sem ser votada. No PSDB o comando vai para Adolfo Viana (BA), deputado com bom trânsito no governo e que fez campanha por Eduardo Leite. Ele substitui o apático Rodrigo de Castro (MG). Na oposição também houve mudanças. Reginaldo Lopes (MG) já está liderando o PT e articulando uma CPI para investigar Sergio Moro e Bira do Pindaré (MA), ligado ao governador Flávio Dino, atuará em nome do PSB. Em alguns partidos não haverá alteração, como no PSD, onde Antônio Brito (BA) foi mantido na função. Em outras bancadas, como o DEM, não há definição ainda, já que o partido está em processo de fusão com o PSL. Mudanças em lideranças podem afetar a dinâmica das relações na Casa, dependendo do trânsito dos novos líderes com seus pares e do perfil do líder. Elas acontecem para cumprir acordos políticos nas bancadas, promover o rodízio e dar maior visibilidade aos parlamentares. O bom líder é aquele que atende às demandas dos liderados, seja fazendo a ponte com a cúpula da Casa ou com outras instâncias fora do Legislativo.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
