Em tempos de relação azedada entre o Palácio do Planalto e o Congresso, a notícia de que o governo central teve um rombo em 2023 de R$ 231 bilhões é a narrativa perfeita para os críticos reforçarem a tese de que o governo é “gastador” e que não está disposto a fazer gestos para cortar despesas. Não vai demorar muito para que a defesa da Reforma Administrativa – bandeira de Arthur Lira – volte à tona, ainda que em ano eleitoral o tema tenha poucas chances de prosperar. O déficit foi atribuído pela equipe econômica aos precatórios e ao acordo com os Estados pelas perdas de ICMS provocadas em 2022, ou seja, são gastos que não vão se repetir. De qualquer maneira, a racionalidade desses argumentos defendidos ontem por Fernando Haddad não vai convencer Lira e o Centrão.
Daiene Cardoso, Arnaldo Galvão e Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil
