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Não é só a economia que convence o eleitor

Fernando Haddad disse na segunda-feira que, atualmente, a política impõe um desafio maior para aproximar as pessoas. Ele se referia ao contexto da polarização que vem prevalecendo há alguns anos em muitos países. Essa ruptura está muito forte na memória do ministro da Fazenda porque ele foi candidato a governador em 2022 e substituiu Lula na disputa presidencial de 2018. O jogo é muito diferente do que havia quando foi prefeito de São Paulo ou ministro da Educação. Haddad reconheceu que não é só a economia que conta para o eleitor apoiar o candidato de um governo. Em 2022, o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, usou toda a força política para reduzir tributos sobre os combustíveis e aliviar o bolso dos consumidores, mas isso não bastou para a vitória dele. Para o ministro da Fazenda, o ingrediente novo na política internacional acontece quando uma força extremista chega ao poder. Haddad alertou que a democracia pode descarrilar e parte da sociedade fica prisioneira desse discurso radicalizado. A dúvida dele e de muitos políticos e analistas é se esse comportamento é geracional e só mudaria com a chegada de novos entrantes. A sensação de insegurança é enorme quando qualquer fagulha muda o comportamento das pessoas nas redes sociais que ocupam espaço relevante na disseminação de informações. Haddad é, neste momento, o preferido de Lula para a eleição de 2030, mas evita antecipar esse tema e disse que se envolve na política quando vê sentido.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Valter Campanato, Agência Brasil

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