Davi Alcolumbre e Hugo Motta se preparam para mais um feito diplomático em três meses à frente do Parlamento: fechar mais um acordo com o STF.
O primeiro deles foi a negociação sobre o pagamento das emendas parlamentares, tema que levou a um nível máximo de tensionamento entre a antiga cúpula do Congresso e o Judiciário no fim do ano passado. Com o apoio de Motta, Alcolumbre vai apresentar uma proposta alternativa à anistia aos envolvidos nos ataques de 8/1, separando quem foi “massa de manobra” de quem comandou a tentativa de golpe de Estado.
A proposta deve ter resistência da oposição, já que qualquer tentativa de livrar Jair Bolsonaro de punição estará descartada. Isso não quer dizer também que não tentarão implantar dispositivos no texto que beneficie o ex-presidente.
Nos discursos de posse, os presidentes da Câmara e do Senado pregaram a busca por diálogo e harmonia entre os Poderes, respeitando cada um seu espaço, e estão tentando entregar a promessa.
Mesmo com uma ou outra situação de estranhamento – como aconteceu no episódio do deputado Ramagem (PL/RJ) – a palavra de ordem é baixar a fervura de anos de tensionamento na relação entre Legislativo e Judiciário. Motta e Alcolumbre já deixaram claro a indisposição de comprar qualquer briga com o STF.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
