As indicações de qualquer governo para os cargos mais poderosos da República consomem tempo e capital político, mas Lula está enfrentando uma situação mais adversa neste momento. Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), estão exercendo todo o poder que o seu grupo tem e, portanto, terão de ser ouvidos nas escolhas do Palácio do Planalto para STF, PGR, Cade e outras instituições que dependem de sabatinas e votações na Casa. O Cade terá sessão em 25 de outubro, mas, depois, perderá o quórum para decisões do tribunal administrativo que julga fusões, aquisições e abuso do poder econômico. Quatro vagas de conselheiro têm de ser preenchidas no Cade e os nomes mais citados nas especulações, neste momento, são os do atual Superintendente-Geral adjunto Diogo Thompson, da professora de economia da UFRJ Camila Cabral, do consultor do Senado Carlos Jacques e do advogado Lauro Seixas, apoiado pelo atual presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, e pelo ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência Márcio Macedo.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil