Apesar de ter assinado a coautoria dos projetos do pacote de corte de gastos para fazer um gesto ao governo, o futuro presidente da Câmara e atual líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), descarta a possibilidade de votar no ano que vem o projeto da Reforma do IR às pressas.
O BAF apurou que o sucessor de Arthur Lira quer aprofundar as conversas na Casa antes de levar o tema ao plenário. Ele considera que a proposta – que ainda será encaminhada – visa reconectar o governo ao eleitorado que ganha até R$ 5 mil, mas ela precisa ser sustentável. Publicamente, Motta tem falado que as propostas precisam respeitar o arcabouço fiscal.
O deputado também não pretende se colocar na posição de “líder informal” do governo nas negociações, como alguns presidentes já fizeram em outros governos. Em um passado não muito distante, o líder do Republicanos se viu tendo de convencer petistas a apoiar um projeto de interesse do próprio governo e não se sentiu confortável com a experiência, segundo relatos.
Nos bastidores, Motta avalia que o governo tem problemas na sua articulação política e precisa melhorar.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Mario Agra, Câmara dos Deputados
